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A feliz e talentosa autora deste livro, que se lê com grande prazer, aconselha-nos numa das suas interessantes crónicas a sonhar porque diz que vale a pena fazê-lo. Já um excelente poeta que eu tive o grande gosto de conhecer e de quem fui amiga – Sebastião da Gama – dizia-nos o mesmo. Dizia-nos “Pelo sonho é que vamos!”. E é verdade é o sonho que nos impulsiona, que nos leva na vida a atingir grandes patamares de felicidade.

É verdade que pelo caminho que nos leva à felicidade vamos encontrando “pequenas infelicidades” que ela considera necessárias para que possamos atingir uma “espécie de meta final”.

Mas ela acha que tudo isso vale a pena porque as nossas vidas não são caminhos traçados por retas impecáveis, sem cortes nem oscilações. O que importa é que, apesar dessas dificuldades ou perturbações, consigamos chegar ao fim desejado que nos faz sentir verdadeiramente felizes.

E ela diz que a felicidade tal como o amor medem-se pelo que nos fazem sentir, tal como a Arte a que ela aspira e consegue atingir.

Os seus olhos deslumbram-se com as paisagens, com a erva, com as casas, detém-se nas mais simples flores.

O seu gosto pela música – que herdou dos seus ilustres progenitores – contribui fortemente para o enriquecimento da sua sensibilidade para a Arte e não só.

É a Arte que inspira muitos dos seus movimentos, das suas preocupações e curiosidades, é ela que a impulsiona para a escrita, fazendo-o de uma maneira privilegiada como é o caso deste belo livro com que nos premeia agora.

Estou certa que a jovem muito inteligente e recheada de grandes e imensos valores que tive o gosto de conhecer quando ainda menina num colégio a que estive ligada e onde já deixava perceber as raízes de grande talento que a iriam impor a nossa admiração e deleite – será uma grande e inspiradora escritora que poderá ser uma referência inestimável no setor da Cultura.

 

Maria de Jesus Barroso Soares

Prefácio

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